quinta-feira, 13 de março de 2008

Sarau

E se no enfadonho entardecer,
A tristeza assumir grão teor.
Formando em si teu querer ver
P'ra do tempo-espaço tirar valor.

Lembra-te sempre, de agradecer,
E com razão, por base opor,
Que pela vida se deve ter,
Equilíbrio entre amor e dor.

Mas se do peito, a dor tamanha,
Em gris tornar a vida, enfim,
Deixando apenas Melancolia,

Procure alguém, e faça manha
Persiga o mais querido sim
Fazendo dele todo o teu dia.

4 comentários:

Anônimo disse...

Não gosto de elogiar, mas esse em especial não tem como.
Tamanha emoção e simplicidade.

É de se amar e odiar...

Um beijo

André Lasak disse...

Não sepulte o link do meu blog ainda não...

Até o mês que vem ele voltará à ativa... PROMETO!

ABRAÇÃO!

André Lasak disse...

Comentando sobre seu soneto: o primeiro é trocaico; o segundo, um octâmetro acatalético, alternando-se
com um heptâmetro catalético que, repetindo-se, vai se converter em
estribilho no quinto verso, finalizando com um tetâmetro catalético. Não se assuste... isso é um comentário do próprio Edgar Alan Poe sobre a métrica do poema O Corvo, hehehe.

Gostei, sim... Eu tenho uns sonetos usando a mesma construção de rimas (ABAB ABAB CDE CDE) ou um pouco diferente (ABAB CDCD EFG EFG), sem me preocupar em nenhum aspecto com a quantidade de silabas tônicas... Um amigo blogueiro deu um nome diferente a este tipo de soneto... mas não me lembro agora...

Mas gostei mesmo... está conciso, tem começo, meio e fim, além de um tema bem abordado. Faltam umas lapidações, mas o importante é sempre treinar. Continue assim!
:D

ABRAÇÃO!

Anônimo disse...

oi meu anjo
e tudo lindo seu blog
adorei td....vc e iluminado eu adoro vc